Para o meu amigo Campos
Dizem-me que vieram umas bicadas dos lado do mar, mais propriamente de Odemira ou S. Teotónio. Impossível,reagi. Dessas bandas, só a brisa suave do mar que arrefecia o calor da noite e nos fazia ficar noite fora, nas soleiras das casas, a contar histórias de guerrilhas , de almas do outro mundo, de gambosinos que fugiam dos sacos ou nem chegavam a entrar - Salvada 1955. Para quem não sabe onde fica, Beja fica ao pé de Salvada. Depois, tudo mudou :levantar às seis, orações da manhã, meditação - que era ouvir um senhor a dizer qualquer coisa, normalmente a ameaçar(aterrorizar) com o pós mortem, de vez em quando, menos, a vender felicidade abstracta para os puros...mas daquelas bandas, Odemira, que ficava longe como o raio, veio o Campos, o Àguas, o Reis, talvez outros, que a memória não reteve. Companheiros duma Jornada que foi a melhor, porque a possível nas circunstâncias de dependência inerente a cada um de nós.
Não quero saber das bicadas, só do autor que encontrei anos mais tarde na cantina da cidade universitária, de carmenghia ( um wolksvagen desportivo, dois lugares ) não muito do agrado de algumas meninas que preferiam o autocarro...não fosse o condutor inexperiente e se enganasse nas mudanças . Depois conto a história do filho do senhor Gulbenkian,obviamente mais astuto, que resolveu o problema da pequenez do carro de forma imaginativa.
continua...
silvestre Rosa Ralha Aranha
PS -Ficamos à espera da continuação para breve.
Podes enviar directamente para "ancampos@netcabo.pt"
Um abraço amigo do Noca
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