Oiço esta expressão atribuída aos santeotonienses desde que culturalmente me conheço e não sei e nunca ouvi qualquer explicação sobre o assunto, mas, querendo contribuir para o seu aclaramento, permiti-me criar uma teoria sobre o assunto e que é a seguinte:
Todos conhecemos a origem da "Praia de Messejana", pois esta de São Teotónio nã dromir, pode e terá certamente uma origem semelhante, "mutatis mutandis".
A praia de Messejana teve origem numa expressão usada por Brito Camacho, político republicano, oriundo de Aljustrel e que, um dia recebendo na sua terra uma delegação de Messejana, freguesia do mesmo concelho, e em resposta às exigências de melhoramentos pedidos por aqueles delegados, lhes terá respondido, em tom jucoso: "Vocês não quererão também uma praia?".
O caso de São Teotónio é muito curioso e terá origem num dito semelhante, numa reunião de representantes das freguesias, em que os Santeotonienses reivindicavam também os seus direitos e em que o porta voz terá usado a expressão muito usada naquela região. Trata-se de um fenómeno linguístico ali muito comum - a metatese ou troca de letras nas palavras: "dormir = dromir".
Um dos casos mais interessantes que conheço é a palavra "transpor", que ali se diz "strapor" - metátese e síncope, queda do "n".
"Strapor" significa "transpor" um determinado ponto ou acidente oro-geográfico, mas com um significado mais rico. Enquanto "transpor" significa apenas "passar além de = ultrapassar", "strapor" significa "passar além de ou ultrapassar, desaparecendo"
Um dito regional diz referindo-se a alguém que é pouco trabalhador ou que não produz nada que se veja:
"fulano anda, anda e não strapõe!"
Quem faz a língua é o povo, não esqueçamos, e estes regionalismos são muito ricos e interessantes
O Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Beja, foi o alfobre onde nasceram e cresceram muitos amigos, hoje espalhados por este Portugal imenso, dando à sociedade o seu melhor.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
São Teotónio não "drome"!
Encontrei esta interessante referência no jornal regional "Diário do Sul", publicado em Évora e que aqui publico, com a devida vénia.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
O diabo é gay
Dedução
E Deus fez a mulher...
Houve harmonia no paraíso.
O diabo vendo isso resolveu complicar...
Deus deu à mulher cabelos sedosos e esvoaçantes.
O diabo deu pontas duplas e ressequidas.
Deus deu à mulher seios firmes e bonitos.
O diabo fê-los crescer e cair.
Deus deu à mulher um corpo esbelto e provocante.
O diabo inventou a celulite e as estrias.
Deus deu à mulher músculos perfeitos.
E o diabo cobriu-os com lipogliceridos.
Deus deu à mulher uma voz suave, doce e melodiosa.
O diabo fê-la falar demais.
Deus deu à mulher um andar elegante.
O diabo investiu no sapato de salto alto.
Então Deus deu à mulher infinita beleza interior.
E o diabo fez o homem perceber só o lado de fora.
Deus fez a mulher ficar maravilhosa aos 30, vibrante e gostosa aos 45.
O diabo deu de presente a menopausa aos 50...
Só pode haver uma explicação para tudo isso:
O cabrão do diabo só pode ser GAY !!!
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
O anti-poeta ou poeta menor
Depois de saber que este indivíduo recebeu um prémio por uma tradução: "tradutore =traditore!", já nada me espanta.
Àh Guerra Junqueiro, se soubesses como isto, "a tua Pátria"; anda!!!
Àh Guerra Junqueiro, se soubesses como isto, "a tua Pátria"; anda!!!
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Baleal, 27 de Junho de 2012
D'antes nunca mais chovia. Agora é o calor insoportável que nos afeta. Mas, "vamos lá seguindo por esses campos fora", no caso por essas ruas fora.
Hoje tivemos duas surpresas: a comparência do Dr Lança Schwalbach e a filha do nosso veterano Contreiras, presenças que muito nos honraram.
Mas vamos mencionar-lhes os nomes para que fique na história: os primeiros a chegar, hoje, foram o ANTONINO e o NOCA, depois foram chegando o LATAS e o ZÉ DA PONTE, já precedidos do SILVA PINTO, seguiu-se o ROBALO e o XARRAMA, depois o ACABADO e o MATA, depois o CONTREIRAS & FILHA e finalmente apareceu-nos o LANÇA SCHWALBACH.
Todos muito bem apresentados e irradiando felicidade, decorreu a sessão dos abraços e dos: "há quanto tempo te não via!!!"
Enfim, estabelecida a ordem, composta a mesa, deu-se início à consulta do cardápio e à escolha da opção de cada um: o polvo hoje foi preterido e substituido por uns carapaus com arroz de feijão, que fizeram as delícias da maioria.
Os assuntos diversificaram-se, embora toquemos sempre no onde é que está este ou aquele e nas faltas que alguns já vão marcando por terem dado a alma ao criador: lembrámos o Fatela, o Vergílio e outros que agora não me ocorrem. Àh! O Zé da Ponte lembrou, o que muitos não esquecem, a agrassividade do P. Almeida.
Foi um repasto pacífico, sem recriminações, servido a comtento de todos e num ambiente familiar, diria mesmo, cordial.
Terminado o convívio fraterno, o primeiro a dar o fora foi o Mata que está sempre atarefado com os negócios: agora vai lançar-se no mercado de Moçambique, aquele homem não pára!
Trocando as últimas impressões fomos saindo paulatinamente pela Rua da Madalena, tocamos o Poço de Borratem, depois Praça da Figueira, onde o Noca e o Antonino tomaram boleia do Lança no seu SLK Compressor e outros seguiram pela Rua da Betêsga, onde não cabe o Rossio, e seguiram todos aos seus destinos, felizes e contentes, prontos para mais um mês, agora de calor, talvez nalgum ressort de praia ou no fresco aconchego das suas casas.
BOA SORTE AMIGOS e até daqui a um mês!
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Vidigueira terras de pão gente de paz
Obrigado Caríssimo Antonino pelo esclarecimento relativo à citação de Fialho, que já corrigi.
Havia algures na Vidigueira um pequeno cartaz publicitário que referia também os "sabores", provavelmente para se tornar mais apelativo, como é normal nos tempos que correm
Havia algures na Vidigueira um pequeno cartaz publicitário que referia também os "sabores", provavelmente para se tornar mais apelativo, como é normal nos tempos que correm
terça-feira, 5 de junho de 2012
COMENTÁRIOS
Gosto de fazer comentários, mas não anónimos. Eu tenho a minha identidade que não teme apresentar-se seja onde for. Tentei comentar o blog, (Famoso), sobretudo pela qualidade das fotos, da Isabel, Companheira do Matita, mas não consegui.
Também estranho que ninguém comente os meus posts, mas aceito por certamente desmerecerem essa distinção.
Também estranho que ninguém comente os meus posts, mas aceito por certamente desmerecerem essa distinção.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Baleal, 30 de Maio de 2012
Já estávamos cheios de saudades, não era? Apresento as minhas desculpas primeiro por não ter comparecido em Abril e depois por não ter feito a crónica de Março, sobre o evento habitual mas não rotineiro, que consiste na nossa reunião de convívio nas últimas quartas-feiras de cada mês.
Hoje, foi especial: compareceram 12 convivas, ou seja 12 "amigos da ponta da unha".
Foram eles, sem ordem nem intuitos discriminatórios: ZÉ MIGUEL, neófito nestas andanças, JOSE AUGUSTO GUILHOTO, ANTONINO MENDONÇA, JOSÉ GUERREIRO JOAQUIM, SILVESTRRE RALHA ARANHA, SILVA PINTO, JACINTO LATAS, XICO ROBALO, JOSÉ MATA (Matita), XICO ACABADO, JACINTO XARRAMA E NOCA, (Nobre Campos).
A disposição da mesa não foi a melhor para a partilha do convívio, mas não foi difícil estabelecerem-se "tertúlias", cada uma discorrendo sobre o assunto que melhor lhe aprouve, estabelecendo-se conversas animadas sobre os mais diversos e ocasionais temas, sem esquecer as recordações mais arreigadas nas nossas preciosas memórias.
O Silvestre Aranha fez questão de salientar o cumprimento de uma promessa antiga: o arrastamento do José Guerreiro Joaquim, para este grupo de amigos: Benvindo sejas José Guerreiro e Obrigado pelo teu empenho Silvestre Aranha!
O Antonino Mendonça deslocou-se, para o efeito, desde Beja: é obra, e digno de realce e forte consideração!
Os restantes são mais habitués, mas nem por isso dignos de menos reverência.
O Jacinto Xarrama, com seu anedotário sempre atualizado, foi dos últimos a chegar, hoje sem culpa porque o Noca o arrastou para a cauda da coluna.
O Zé Miguel, jovem muito bem apessoado, veio de Milfontes, residência do Zé da Ponte, com quem ficou de se encontrar.
O Silvestre lá me recordou a estória do autocarro e do Carman Guia. Ainda hei-de pôr aqui uma foto do meu primeiro auto. Era um mimo e uma belezura.
Nem tive tempo de falar com o Silva Pinto, pessoa que muito me apraz trocar opiniões.
Feitas a despedidas, viagei com o Antonino, de metro, comboio e depois metro de superfície, na minha cidade de Almada.
Adeus Amigos, até ao próximo convívio!
Hoje, foi especial: compareceram 12 convivas, ou seja 12 "amigos da ponta da unha".
Foram eles, sem ordem nem intuitos discriminatórios: ZÉ MIGUEL, neófito nestas andanças, JOSE AUGUSTO GUILHOTO, ANTONINO MENDONÇA, JOSÉ GUERREIRO JOAQUIM, SILVESTRRE RALHA ARANHA, SILVA PINTO, JACINTO LATAS, XICO ROBALO, JOSÉ MATA (Matita), XICO ACABADO, JACINTO XARRAMA E NOCA, (Nobre Campos).
A disposição da mesa não foi a melhor para a partilha do convívio, mas não foi difícil estabelecerem-se "tertúlias", cada uma discorrendo sobre o assunto que melhor lhe aprouve, estabelecendo-se conversas animadas sobre os mais diversos e ocasionais temas, sem esquecer as recordações mais arreigadas nas nossas preciosas memórias.
O Silvestre Aranha fez questão de salientar o cumprimento de uma promessa antiga: o arrastamento do José Guerreiro Joaquim, para este grupo de amigos: Benvindo sejas José Guerreiro e Obrigado pelo teu empenho Silvestre Aranha!
O Antonino Mendonça deslocou-se, para o efeito, desde Beja: é obra, e digno de realce e forte consideração!
Os restantes são mais habitués, mas nem por isso dignos de menos reverência.
O Jacinto Xarrama, com seu anedotário sempre atualizado, foi dos últimos a chegar, hoje sem culpa porque o Noca o arrastou para a cauda da coluna.
O Zé Miguel, jovem muito bem apessoado, veio de Milfontes, residência do Zé da Ponte, com quem ficou de se encontrar.
O Silvestre lá me recordou a estória do autocarro e do Carman Guia. Ainda hei-de pôr aqui uma foto do meu primeiro auto. Era um mimo e uma belezura.
Nem tive tempo de falar com o Silva Pinto, pessoa que muito me apraz trocar opiniões.
Feitas a despedidas, viagei com o Antonino, de metro, comboio e depois metro de superfície, na minha cidade de Almada.
Adeus Amigos, até ao próximo convívio!
terça-feira, 22 de maio de 2012
Alô, Alô, Vidiguera!...
Vidigueira, "Terras de pão, Gente de Paz", disse Fialho e, hoje, "Terra de Vinhedos", direi eu!
Uma maravilha de paisagem e a terra é acolhedora, limpa, soalheira, branca e rica, com todas as condições para ser um polo de desenvolvimento regional.
Além do sítio arqueológico da "VILA ROMANA" e depois mosteiro de São Cucufate, tem interesses atrativos como o espólio de São Cucufate, a Capela da Senhora das Relíquias e o Convento anexo, (hoje residência dos proprietários), e o Museu etnográfico, no centro da Vidigueira: um repositório de memórias, onde sobressaem a sala de aula duma escola dos anos 40 do século passado, uma barbearia e mercearia da mesma época e a sala da "AFERIÇÂO", onde estão preservadas as medidas adotadas no século XIX, coleção completa e muito bem conservada, além de diversas peças representativas das atividades agrícolas, com destaque para o ABEGÃO, muito bem representado.
Tive o prazer de fazer uma visita de estudo àquela vila alentejana, em companhia de um grupo sénior do BNU, grandes compinchas e bons companheiros, aos quais agradeço o bom acolhimento que, a minha esposa e eu, recebemos.
Uma maravilha de paisagem e a terra é acolhedora, limpa, soalheira, branca e rica, com todas as condições para ser um polo de desenvolvimento regional.
Além do sítio arqueológico da "VILA ROMANA" e depois mosteiro de São Cucufate, tem interesses atrativos como o espólio de São Cucufate, a Capela da Senhora das Relíquias e o Convento anexo, (hoje residência dos proprietários), e o Museu etnográfico, no centro da Vidigueira: um repositório de memórias, onde sobressaem a sala de aula duma escola dos anos 40 do século passado, uma barbearia e mercearia da mesma época e a sala da "AFERIÇÂO", onde estão preservadas as medidas adotadas no século XIX, coleção completa e muito bem conservada, além de diversas peças representativas das atividades agrícolas, com destaque para o ABEGÃO, muito bem representado.
Tive o prazer de fazer uma visita de estudo àquela vila alentejana, em companhia de um grupo sénior do BNU, grandes compinchas e bons companheiros, aos quais agradeço o bom acolhimento que, a minha esposa e eu, recebemos.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
E esta?
Quarta-feira, Maio 02, 2012
BPN, uma nódoa na democracia portuguesa
O lado mais vergonhoso no caso do BPN é o total desrespeito e desprezo pelos portugueses demonstrados pelas mais diversas instituições ou judiciais envolvidas no processo de fraude e nacionalização do BPN. Os portugueses estão a ser sacrificados para cobrir os prejuízos provocados por uma quadrilha de gente da política, mas é-lhe recusado o direito a conhecer na íntegra as responsabilidades em todo o processo. Os processos judiciais em curso não passam de farsas, são aquilo a que no Brasil chamam o boi da piranha, julga-se e condena-se Oliveira e Costa, que até está muito mal de saúde, para deixar passar a manada de vigaristas.
Compare-se a postura dos habituais agentes envolvidos nos últimos processos judiciais, como o Face Oculta ou o Freeport, com aquilo a que temos assistido no caso BPN. Agora que estão em causa muitos milhares de milhões de euros ninguém viu um responsável do sindicato dos Magistrados do Ministério Público exigir que sejam colocados meios à disposição dos investigadores ou que a investigação seja levada até ao fim, não se têm registado as habituais fugas ao segredo de justiça e o Presidente da República, ao contrário do que sucedeu no passado, não chamou nem o Procurador-geral nem o sindicalista a Belém, o presidente não tuge nem mude.
Num país onde os cidadãos são respeitados Cavaco Silva não só não se teria candidatado a um segundo mandato, como teria renunciado durante um primeiro mandato. Cavaco pode fazer as juras de honestidade que entender, pode dizer que perde dinheiro com os seus investimentos em acções, pode garantir que não nomeia secretários de Estado, mas a verdade é que ganhou muito dinheiro num negócio de acções da SLN, dona do BPN, um negócio feito à margem dos mercados e com o envolvimento directo de Oliveira e Costa, o criminoso do BPN que em tempos foi o secretário de Estado do Orçamento ao mesmo tempo que geria os dinheiros do PSD. Oliveira e Costa cuidou dos dinheiros do Estado no tempo de Cavaco, cuidou dos dinheiros do PSD no tempo de Cavaco e agora cuidou de um rentável negócio de acções de Cavaco. Desvincular-se de qualquer relação com Oliveira e Costa usando o argumento de que os secretários de Estados eram nomeados pelos ministros só merece uma gargalhada, apetece perguntar a Cavaco se quando comprou as acções da SLN também foi Miguel Cadilhe, o ministro que nomeou Oliveira e Costa, que lhe sugeriu o presidente do BPN para gestor dos seus negócios.
O BPN foi nacionalizado e a SLN ficou de fora porquê? Que interesses foram protegidos com a nacionalização do banco do cavaquismo, os dos amigos do Presidente ou os dos portugueses? Quem beneficiou de crédito fácil no BPN?
Graças ao DN o caso BPN renasceu no debate nacional e está-se ficando a saber de coisas até aqui desconhecidas. Mas muita coisa vai ser abafada, muita gente que lucrou com o negócio vai poder beneficiar desses lucros indevidos sem qualquer condenação social, os políticos responsáveis vão acabar os seus mandatos tranquilamente ou voltar a recandidatar-se sem quaisquer problemas. Entretanto os portugueses estão a ser sacrificados, perdem rendimentos, vão para o desemprego, perdem as suas casas para que os prejuízos do BPN possam ser cobertos enquanto tudo é abafado, condenam o Oliveira e Costa e o processo BPN mergulha para os fundos dos arquivos da justiça onde já estão atracados os submarinos.
Esta gente não tem a mais pequena consideração ou respeito pelos portugueses, corrompem-se e corrompem Portugal, enchem-se de dinheiro, inventam-negócios para se apropriarem de lucros fáceis e saem de tudo isto sem o mais pequeno incómodo enquanto os cidadãos comuns sofrem. Não é Cavaco, nem os seus antigos amigos do governo nem todos os vigaristas que ganharam dinheiro com negócios duvidosos do BPN nem os seus peões de brega no mundo do jornalismo, da política ou da justiça que estão a sofrer com as políticas de austeridade. Esses estão a rir-se de todos nós.
O caso BPN não teve apenas custos financeiros, deu um rombo na democracia portuguesa, tirando credibilidade e legitimidade a algumas das suas mais importantes instituições.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Última quarta feira de Fevereiro 2012
E nunca mais chove!!!
É verdade temos um Fevereiro completamente seco! Vá lá que não foi quente, senão traria o diabo no ventre. Mas mesmo assim e apesar da fé da ministra da agricultura a coisa está preta!
Os animais não tem que comer, as couves não crescem, as frutas estão secas e sem sumo, até duas batateiras que semeei no meu quintal e apesar da rega periódica, não deram mais que uma batata nova cada uma. Não semeio mais batatas.
Felizmente existe "O Baleal", onde se pode comer um polvo "à lagareiro" como noutro sítio não há.
Ali nos encontrámos, sete convivas, todos bem dispostos e bem preparados para discutir as notícias mais recentes, enquanto deglutíamos os nossos escolhidos e preferidos almoços.
Estiveram presentes, para que conste,os seguintes amigos a que poderíamos chamar, à falta de melhor, "Os Amigos da Ponta da Unha": chegado o Noca, adiantou-se e pediu um aperitivo - moscatel de Setúbal, depois apareceram o Latas, o Contreiras, o Xarrama, o Matateu, O Matita e finalmente o Fernandes, estes já sem direito a aperitivo porque se entrou, de imediato na consulta do cardápio das iguarias substanciais.
O Monte Velho tinto e o branco pressurizado, da casa, contribuíram para amaciar algum sabor mais áspero ou menos adequado das iguarias escolhidas.
As conversas foram as do costume, ressaltando algumas "bocas" sobre o momento político e os seus intérpretes mais salientes, sempre dentro do tolerável e aceitável bom senso.
Terminada a refeição, deambulámos pela Praça da Figueira admirando o ambiente cosmopolita, sem deixar de lamentar os sem-abrigo que, àquela hora, ainda permaneciam deitados sobre as grelhas das saídas de ar do metropolitano: é um espetáculo deprimente! Deve haver um modo de solucionar esse problema mas que ainda não foi encontrado: "pobres, sempre os tereis convosco!" disse alguém, com infinita visão da humanidade. Mas não deixa de ser lamentável que, na segunda década do século XXI, continuemos a assistir a cenas como estas.
O Fernandes falou da longevidade dos seus ascendestes, nomeadamente das tias centenárias já falecidas, uma das quais atingiu os 114 anos, e dos 94 anos de sua mãe ainda ativa e saudável, nas terras da Beira Baixa.
Louvou as virtudes do pólen fabricado pelas abelhas e convenceu-nos a utilizar tão virtuoso elemento. Por isso fomos todos à Rua das Portas de Santo Antão e ali adquirimos tão precioso nectar, daquele que tem muitas bolinhas pretas, (urze), que é o melhor, disse ele.
Feita esta preciosa aquisição dispersámos cada um para seu destino, recompensados com a alegria do convívio de amigos que já se não viam há um mês e alguns mais.
Até Março Companheiros!
É verdade temos um Fevereiro completamente seco! Vá lá que não foi quente, senão traria o diabo no ventre. Mas mesmo assim e apesar da fé da ministra da agricultura a coisa está preta!
Os animais não tem que comer, as couves não crescem, as frutas estão secas e sem sumo, até duas batateiras que semeei no meu quintal e apesar da rega periódica, não deram mais que uma batata nova cada uma. Não semeio mais batatas.
Felizmente existe "O Baleal", onde se pode comer um polvo "à lagareiro" como noutro sítio não há.
Ali nos encontrámos, sete convivas, todos bem dispostos e bem preparados para discutir as notícias mais recentes, enquanto deglutíamos os nossos escolhidos e preferidos almoços.
Estiveram presentes, para que conste,os seguintes amigos a que poderíamos chamar, à falta de melhor, "Os Amigos da Ponta da Unha": chegado o Noca, adiantou-se e pediu um aperitivo - moscatel de Setúbal, depois apareceram o Latas, o Contreiras, o Xarrama, o Matateu, O Matita e finalmente o Fernandes, estes já sem direito a aperitivo porque se entrou, de imediato na consulta do cardápio das iguarias substanciais.
O Monte Velho tinto e o branco pressurizado, da casa, contribuíram para amaciar algum sabor mais áspero ou menos adequado das iguarias escolhidas.
As conversas foram as do costume, ressaltando algumas "bocas" sobre o momento político e os seus intérpretes mais salientes, sempre dentro do tolerável e aceitável bom senso.
Terminada a refeição, deambulámos pela Praça da Figueira admirando o ambiente cosmopolita, sem deixar de lamentar os sem-abrigo que, àquela hora, ainda permaneciam deitados sobre as grelhas das saídas de ar do metropolitano: é um espetáculo deprimente! Deve haver um modo de solucionar esse problema mas que ainda não foi encontrado: "pobres, sempre os tereis convosco!" disse alguém, com infinita visão da humanidade. Mas não deixa de ser lamentável que, na segunda década do século XXI, continuemos a assistir a cenas como estas.
O Fernandes falou da longevidade dos seus ascendestes, nomeadamente das tias centenárias já falecidas, uma das quais atingiu os 114 anos, e dos 94 anos de sua mãe ainda ativa e saudável, nas terras da Beira Baixa.
Louvou as virtudes do pólen fabricado pelas abelhas e convenceu-nos a utilizar tão virtuoso elemento. Por isso fomos todos à Rua das Portas de Santo Antão e ali adquirimos tão precioso nectar, daquele que tem muitas bolinhas pretas, (urze), que é o melhor, disse ele.
Feita esta preciosa aquisição dispersámos cada um para seu destino, recompensados com a alegria do convívio de amigos que já se não viam há um mês e alguns mais.
Até Março Companheiros!
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Qual o futuro dos nosos netos?
No Future
«Quase quatro décadas depois do movimento "punk" dos Sex Pistols e do seu "No Future", os portugueses chegaram finalmente à mesma conclusão. Isto não tem mesmo futuro. Onde "isto" é a nossa sociedade, o nosso país, a nossa vida.
Não o fazem por via do radicalismo cultural, que por cá nunca existiu, mas porque, para além de lhes faltar dinheiro no bolso, perderam qualquer perspetiva de futuro. Os jovens estudantes não sabem se uma vez terminado o curso conseguirão arranjar trabalho; os empregados não sabem por quanto mais tempo o serão; os que descontaram toda a vida não sabem se ainda irão receber a reforma; os doentes não sabem se o Hospital continuará a tratá-los ou se, por falta de verbas, os deixará morrer; os pais olham para os filhos e temem pela sua sorte. E não ficamos por aqui. Uns dizem que o Euro vai acabar, outros que é a própria Europa que tem os dias contados. Alguém sugere que Portugal soberano já deixou de existir pois é governado por uma troika. O próprio Passos Coelho, para animar, aconselha os portugueses a partir, se possível, de vez. Enfim, "sem futuro" é o hino do Portugal de 2012.
E, no entanto, acreditar no futuro é fundamental para a sociedade em que nos calhou viver. Alguns dizem que é uma forma de crença como outra qualquer. Talvez, mas é mais do que isso. O futuro, mais do que o passado, é uma parte essencial do nosso presente. O passado é memória, património, venera-se na ilusão de que existem identidades imutáveis. A realidade é, porém, diferente. As identidades são dinâmicas e estão em permanente transformação. Mesmo na nossa vida. Ontem fomos filhos, hoje somos pais. Que mudança radical de identidade! Ontem Portugal foi um país fechado e rural, hoje estamos no mundo e ou fazemos parte da conversa ou estamos perdidos.
Porque, como disse, o futuro é parte constituinte do nosso presente. Estuda-se para ter futuro. Investe-se para garantir um rendimento no futuro. Cria-se para fazer já hoje o que, de outra maneira, só seria possível amanhã. Um empresário pensa no que é que as pessoas gostariam de ter e ainda não têm. Um político afirma-se pelo que diz ir fazer se for eleito.
Mas o futuro está presente também de outra forma. Vivemos na sociedade das novas tecnologias. E são novas também porque integram em si a sua própria superação. Ou seja, são tecnologias evolutivas. Um programa de computador nunca está finalizado, é um "work in progress". Logo à partida sabe-se que a seguir ao 1.0 virá o 2.0. Esta constante mudança está no seu código genético.
O que significa que tudo muda, a arquitetura, mas também o uso. No curto espaço das nossas vidas quantos sistemas operativos, quantos telemóveis, quantas funcionalidades e "gadgets" não nos obrigaram a sucessivas e constantes adaptações? E quanto mais se muda mais se promove a mudança.
Pensar que se pode parar este movimento, imaginar, como faz este governo, que temos agora dois ou três anos de estagnação e empobrecimento, e depois tudo regressa ao normal, é não só alimentar uma tremenda ilusão, como não perceber nada do mundo contemporâneo. Esta é uma corrida implacável. Que o digam tantas e tantas empresas que não se modernizaram e simplesmente faliram. Que o digam todos aqueles que pensaram que não iam perder tempo com computadores, internets e outras modernices e hoje são perfeitos analfabetos.
Enfim, Portugal está em recessão económica e está em vias de regredir como civilização. O desprezo governamental pelo ensino, pela cultura, pela ciência e pela inovação, que aliás se imagina ser um mero slogan, está a impedir o país de existir no seu próprio tempo. Mas é o desprezo pelas pessoas que configura o maior desastre.
Não existem dados estatísticos mas vários investigadores da área afirmam que a emigração de quadros, vulgo "cérebros", é enorme. Aos milhares. Não estamos já a falar de "malas de cartão" e trolhas para a construção civil na Europa, mas de engenheiros, arquitetos, cientistas, que vão deixar o país num verdadeiro estado de penúria no campo da inteligência. Ou seja, Portugal está a ficar cada vez mais estúpido. Objetivamente sem destino nem futuro.» [Jornal de Negócios]
Não o fazem por via do radicalismo cultural, que por cá nunca existiu, mas porque, para além de lhes faltar dinheiro no bolso, perderam qualquer perspetiva de futuro. Os jovens estudantes não sabem se uma vez terminado o curso conseguirão arranjar trabalho; os empregados não sabem por quanto mais tempo o serão; os que descontaram toda a vida não sabem se ainda irão receber a reforma; os doentes não sabem se o Hospital continuará a tratá-los ou se, por falta de verbas, os deixará morrer; os pais olham para os filhos e temem pela sua sorte. E não ficamos por aqui. Uns dizem que o Euro vai acabar, outros que é a própria Europa que tem os dias contados. Alguém sugere que Portugal soberano já deixou de existir pois é governado por uma troika. O próprio Passos Coelho, para animar, aconselha os portugueses a partir, se possível, de vez. Enfim, "sem futuro" é o hino do Portugal de 2012.
E, no entanto, acreditar no futuro é fundamental para a sociedade em que nos calhou viver. Alguns dizem que é uma forma de crença como outra qualquer. Talvez, mas é mais do que isso. O futuro, mais do que o passado, é uma parte essencial do nosso presente. O passado é memória, património, venera-se na ilusão de que existem identidades imutáveis. A realidade é, porém, diferente. As identidades são dinâmicas e estão em permanente transformação. Mesmo na nossa vida. Ontem fomos filhos, hoje somos pais. Que mudança radical de identidade! Ontem Portugal foi um país fechado e rural, hoje estamos no mundo e ou fazemos parte da conversa ou estamos perdidos.
Porque, como disse, o futuro é parte constituinte do nosso presente. Estuda-se para ter futuro. Investe-se para garantir um rendimento no futuro. Cria-se para fazer já hoje o que, de outra maneira, só seria possível amanhã. Um empresário pensa no que é que as pessoas gostariam de ter e ainda não têm. Um político afirma-se pelo que diz ir fazer se for eleito.
Mas o futuro está presente também de outra forma. Vivemos na sociedade das novas tecnologias. E são novas também porque integram em si a sua própria superação. Ou seja, são tecnologias evolutivas. Um programa de computador nunca está finalizado, é um "work in progress". Logo à partida sabe-se que a seguir ao 1.0 virá o 2.0. Esta constante mudança está no seu código genético.
O que significa que tudo muda, a arquitetura, mas também o uso. No curto espaço das nossas vidas quantos sistemas operativos, quantos telemóveis, quantas funcionalidades e "gadgets" não nos obrigaram a sucessivas e constantes adaptações? E quanto mais se muda mais se promove a mudança.
Pensar que se pode parar este movimento, imaginar, como faz este governo, que temos agora dois ou três anos de estagnação e empobrecimento, e depois tudo regressa ao normal, é não só alimentar uma tremenda ilusão, como não perceber nada do mundo contemporâneo. Esta é uma corrida implacável. Que o digam tantas e tantas empresas que não se modernizaram e simplesmente faliram. Que o digam todos aqueles que pensaram que não iam perder tempo com computadores, internets e outras modernices e hoje são perfeitos analfabetos.
Enfim, Portugal está em recessão económica e está em vias de regredir como civilização. O desprezo governamental pelo ensino, pela cultura, pela ciência e pela inovação, que aliás se imagina ser um mero slogan, está a impedir o país de existir no seu próprio tempo. Mas é o desprezo pelas pessoas que configura o maior desastre.
Não existem dados estatísticos mas vários investigadores da área afirmam que a emigração de quadros, vulgo "cérebros", é enorme. Aos milhares. Não estamos já a falar de "malas de cartão" e trolhas para a construção civil na Europa, mas de engenheiros, arquitetos, cientistas, que vão deixar o país num verdadeiro estado de penúria no campo da inteligência. Ou seja, Portugal está a ficar cada vez mais estúpido. Objetivamente sem destino nem futuro.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Leonel Moura.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Baleal, 25 de Janeiro de 2012
Apesar da crise, ou por causa dela, sabe-se lá, compareceram ao almoço da última quarta feira do mês corrente nove, (9), convivas animados e conversadores, a saber: Robalo, Jacinto Latas, Jacinto Xarrama, Zé da Ponte, Martins Mata, (Matita), Xico Acabado, Silva Pinto, Fernandes e finalmente este vosso bloger, o Noca.
Porque as condições meteorológicas nesta época do ano apresentam temperaruras baixas e as preciosas saúdes de Saus Excelências, nesta fase das mais que preciosas vidas já apresentam algumas debilidades, resolveu-se, de moto próprio e sem qualquer acordo prévio, fazer a concentração diretamente na Cervejaria "O BALEAL".
Quando cheguei já ali se encontravam o Robalo e O Latas. Depois foram chegando o Zé da Ponte que, por um triz não me pregava a partida de se apresentar como um desconhecido, mas que adrede reconheci. Depois apareceu o Mata, logo seguido do Silva Pinto e do Xarrama, depois o Fernandes e finalmente o Acabado, que ocupou a cabeceira da mesa.
Consultado o cardápio e feitas as repetivas opções e escolhido vinho, (hoje todo "da casa", devido à crise), entrou-se no convívio informal distribuindo-se os assuntos conforme surgiam nas mentes de cada um, ora recordando estorietas do passado, ora discutindo acaloradamente as prevalências entre o Barça e o Real: o Xarrama é pelo Real e o Acabado Pelo Barça, vá-se lá saber porquê.
Porque as condições meteorológicas nesta época do ano apresentam temperaruras baixas e as preciosas saúdes de Saus Excelências, nesta fase das mais que preciosas vidas já apresentam algumas debilidades, resolveu-se, de moto próprio e sem qualquer acordo prévio, fazer a concentração diretamente na Cervejaria "O BALEAL".
Quando cheguei já ali se encontravam o Robalo e O Latas. Depois foram chegando o Zé da Ponte que, por um triz não me pregava a partida de se apresentar como um desconhecido, mas que adrede reconheci. Depois apareceu o Mata, logo seguido do Silva Pinto e do Xarrama, depois o Fernandes e finalmente o Acabado, que ocupou a cabeceira da mesa.
Consultado o cardápio e feitas as repetivas opções e escolhido vinho, (hoje todo "da casa", devido à crise), entrou-se no convívio informal distribuindo-se os assuntos conforme surgiam nas mentes de cada um, ora recordando estorietas do passado, ora discutindo acaloradamente as prevalências entre o Barça e o Real: o Xarrama é pelo Real e o Acabado Pelo Barça, vá-se lá saber porquê.
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