Dez convivas, tantos foram os que compareceram ao encontro de ontem, no habitual almoço na Cervejaria "Baleal", à Rua da Madalena, em Lisboa.
Aqui vão já os respectivos nomes para que conste: Robalo, Jacinto Xarrama, Jacinto Latas, José Augusto Guilhoto, José Contreiras, Silva Pinto, Antonino Mendonça, Fernandes, Manuel Mata (Matita) e Noca.
O ambiente estava bom com a mesa rectangular,(3 + 3 nas laterais e 2 + 2 nas cabeceiras), permitindo uma óptima comunicação visual entre todos os comensais. Outro tanto não se puderá dizer relativamente à comunicação verbal devido à dureza dos nossos muito usados ouvidos, cuja acuidade já não tem aquela limpidez que nos caracterizava e o ambiente exigia.
Perderam-se assim alguns pormenores de conversas interessantes: recordo apenas como exemplo a produção verbal do meu principal interlocutor, o Contreiras, que bem se esforçou, mas que eu não percebi nada do que me queria dizer - ía-lhe acenando que sim para não o desiludir, desculpa Zé.
Apesar disso foi muito animado o repasto, onde predominou o polvo "à Lagareiro", uma delícia, e as conversas foram diversas e interessantes, com predomínio para a abordagem à comunicação de Cavaco Silva na noite anterior.
Ninguém teve a coragem ou condão de dizer que percebera o sentido ou mesmo o alcance de tal comunicação, sobretudo porque, dadas as circunstâncias em que foi produzida, pareceu a uns confusa e a outros inconsequente: àqueles porque se limitaram a não perceber o que o sr queria dizer na sua; a estes porque, a ser assim, só haveria duas saídas, a saber: ou o homem resignava ou corria com tão "malfadado governo". Ora nada disso aconteceu e a montanha pariu um rato, tornando tudo ainda mais confuso.
Sabemos que nada disso poderia ter acontecido, primeiro porque homem tão determinado não desiste de "salvar" a pátria e para correr com o governo teria de dissolver o Parlamento, o que seria um acto inútil e desnecessário uma vez que o povo soberano já elegeu outra configuração parlamentar.
A dada altura, a propósito do nome do Mendonça, pai do "Frei Bernardo", disse-se que "Antonino" era um nome isótico e que havia muito poucos com esse nome, mas alguém recordou existir um bispo com tal nome. Não se sabendo quem era o bispo assim chamado, lá tivemos de recorrer à nossa "episcopédia", o Robalo, que prontamente esclareceu tratar-se do bispo de Portalegre-Castelo Branco, cuja cátedra ocupa há x anos e antes fora auxiliar do bispo do Porto.
Terminado o almoço, deambulámos pela Praça da Figueira, Rua da Betesga, Rossio, São Domingos e Portas de Santo Antão, não perdendo o ponto principal de referência, a Casa do Alentejo. Embora nem lá entremos, há qualquer coisa de mítico nesta nossa relação com aquela Casa: é ali que nos encontramos e é dali que dispersamos - é como se fossemos ao Alentejo e voltássemos.
Alguns mais apressados foram aos seus destinos, mas um pequeno grupo, a que se juntou o amigo Lourenço entretanto aparecido, continuou no cavaqueio, pela Rua do Coliseu e Sociedade de Geografia, até uma cervejaria com esplanada de rua onde sentámos arraiais numa tertúlia ad hoc para abordagem de outros assuntos, tendo chegado à conclusão que é possível haver um monárquico republicano que, sendo comunista, votou no PSD. Coisas!!!...
Perspectiva-se para a próxima última quarta feira de Outubro uma ida até Coimbra, dependendo das diligências que o Guilhoto vai encetar no sentido de acomodar a logística necessária para que tudo decorra bem.
E pronto todos foram aos seus destinos, até ao fim de Outubro.
2 comentários:
Pois é, até faz lembrar a Ultima Ceia, a mesa tambem era quase rectangular só os convivas eram apenas 10 em vez de 13,apesar da cacofonia inicial, apreciei muito como sempre tem acontecido, .o convivio e não o digo para ser agradável mas porque o sinto. Aguardo a confirmação da ida a Coimbra, contem comigo-Matita
Claro que contamos contigo, Matita!
Aqui somos todos chamados e todos escolhidos. Só não avança quem não quiser.
Gostei de ver os primeiros post do teu blog, mas não encontrei caixa de comentários para me exprimir, (não espremer), como desejava.
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