As estadias em Milfontes foram dias de grande convívio e camaradagem, que muito contribuíram para o nosso desenvolvimento integral como homens que se pretendiam fortes de corpo e alma: "mens sana in corpore sano!".
Ali, as imprescindíveis actividades religiosas eram temperadas com grandes passeios, em grupo, pelas praias e por lugares aprazíveis, como a mata de Vila Formosa.
Muitos dias levávamos almoços aligeirados para não haver necessidade de vir ao apoio logístico.
Digo apoio logístico porque nos primeiros anos, o alojamento era mesmo muito escasso, com colchões trazidos do seminário, estendidos no soalho, como se fosse uma caserna de trabalhadores rurais.
Mais tarde o Colégio de Nª Srª da Graça, em boa hora e com grande mérito, construído sob a orientação do saudoso Cónego Lourenço, passou a ser o hotel onde nos instalávamos confortavelmente.
Recordo, com saudade, o pequeno-Grande ISIDORO, bom companheiro!, O Jorge, meu conterrâneo, o Cunha de Serpa, o Bossa de Barrancos, o Palma de Mértola e o Palminha de Alvito, o António Zé, o Gustavo familiar do Presunto, o Virgílio de Saboia, o Zé da Ponte, o Gamito, Zé Jaquim Guerreiro, o Brás de Ermidas, os de Santo Aleixo que eram 3 ou 4, o Túbal, o Contreiras grande amigo, o Lourenço sobrinho do Tio e tantos, tantos outros, cujos nomes me não ocorrem agora.
1952 - Bosque de Vila Formosa
1953 - Construções na areia?
1952 - Sobre um rochedo da Praia das Furnas
2 comentários:
Sinceramente gostei de ler estas "recordações" dos passeios e sobretudo de Vila Nova de Milfontes:
As fotos fizeram-nos lembrar a vida livre e simples que levávamos nessa maravilhosa povoação.
As velhas amizades da nossa juventude afastada do bulício do "Mundo".
A pacatez da aldeia.
A simplicidade das pessoas e até o marinhero que nos transportava num barco a remos até ao outro lado do Rio quando íamos para a Praia das Furnas.
A estadia no "hotel*****" que eram
as instalações construídas pouco a pouco pelo espírito empresarial do Cónego Lourenço de falas mansas mas
ardilosamente esperto.
Os nossos almoços e as leituras das crónicas escritas todos os dias por um seminarista e que o Cónego Nazário nos obrigava a ouvir durante o almoço.
Também me recordo da aventura da Praia do Farol num dia em que o Mar traiçoeiro ía levando a vida a 2 ou 3 dos nossos colegas arrastando-os na corrente e que por sorte foram ter às rochas depois de um tremendo susto.
Enfim um desfiar de boas e velhas recordações da nossa infância isolada do Mundo que pouco a pouco ía evoluíndo sem darmos por isso.
Campos aqui fica o meu grande agradecimento pelo teu valioso trabalho e por nos teres apresentado velhas recordações-
Dou-te os meus parabéns pelo nível do teu Bloque como instrumento que poderá ser usado por todos os ex-seminaristas do Seminário de Beja,onde passámos os momentos mais vivos da nossa juventude num
total isolamento do Mundo que mais tarde nos deslumbrou.
Um abraço amigo do
José contreiras
Ó Amigo Contreiras, ao reler o meu blog encontrei este comentário que muito agradeço.
Envio-te um forte abraço, com saudade desses preciosos tempos da nossa juventude!
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