quarta-feira, 27 de agosto de 2008

MILFONTES -1952/53

As estadias em Milfontes foram dias de grande convívio e camaradagem, que muito contribuíram para o nosso desenvolvimento integral como homens que se pretendiam fortes de corpo e alma: "mens sana in corpore sano!".
Ali, as imprescindíveis actividades religiosas eram temperadas com grandes passeios, em grupo, pelas praias e por lugares aprazíveis, como a mata de Vila Formosa.
Muitos dias levávamos almoços aligeirados para não haver necessidade de vir ao apoio logístico.
Digo apoio logístico porque nos primeiros anos, o alojamento era mesmo muito escasso, com colchões trazidos do seminário, estendidos no soalho, como se fosse uma caserna de trabalhadores rurais.
Mais tarde o Colégio de Nª Srª da Graça, em boa hora e com grande mérito, construído sob a orientação do saudoso Cónego Lourenço, passou a ser o hotel onde nos instalávamos confortavelmente.
Recordo, com saudade, o pequeno-Grande ISIDORO, bom companheiro!, O Jorge, meu conterrâneo, o Cunha de Serpa, o Bossa de Barrancos, o Palma de Mértola e o Palminha de Alvito, o António Zé, o Gustavo familiar do Presunto, o Virgílio de Saboia, o Zé da Ponte, o Gamito, Zé Jaquim Guerreiro, o Brás de Ermidas, os de Santo Aleixo que eram 3 ou 4, o Túbal, o Contreiras grande amigo, o Lourenço sobrinho do Tio e tantos, tantos outros, cujos nomes me não ocorrem agora.


1952 - Bosque de Vila Formosa

1953 - Refeição na Praia das Furnas

1953 - Construções na areia?


1952 - Sobre um rochedo da Praia das Furnas

2 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente gostei de ler estas "recordações" dos passeios e sobretudo de Vila Nova de Milfontes:
As fotos fizeram-nos lembrar a vida livre e simples que levávamos nessa maravilhosa povoação.
As velhas amizades da nossa juventude afastada do bulício do "Mundo".
A pacatez da aldeia.
A simplicidade das pessoas e até o marinhero que nos transportava num barco a remos até ao outro lado do Rio quando íamos para a Praia das Furnas.
A estadia no "hotel*****" que eram
as instalações construídas pouco a pouco pelo espírito empresarial do Cónego Lourenço de falas mansas mas
ardilosamente esperto.
Os nossos almoços e as leituras das crónicas escritas todos os dias por um seminarista e que o Cónego Nazário nos obrigava a ouvir durante o almoço.
Também me recordo da aventura da Praia do Farol num dia em que o Mar traiçoeiro ía levando a vida a 2 ou 3 dos nossos colegas arrastando-os na corrente e que por sorte foram ter às rochas depois de um tremendo susto.
Enfim um desfiar de boas e velhas recordações da nossa infância isolada do Mundo que pouco a pouco ía evoluíndo sem darmos por isso.

Campos aqui fica o meu grande agradecimento pelo teu valioso trabalho e por nos teres apresentado velhas recordações-
Dou-te os meus parabéns pelo nível do teu Bloque como instrumento que poderá ser usado por todos os ex-seminaristas do Seminário de Beja,onde passámos os momentos mais vivos da nossa juventude num
total isolamento do Mundo que mais tarde nos deslumbrou.
Um abraço amigo do
José contreiras

NOCA disse...

Ó Amigo Contreiras, ao reler o meu blog encontrei este comentário que muito agradeço.
Envio-te um forte abraço, com saudade desses preciosos tempos da nossa juventude!