sexta-feira, 21 de março de 2008

Semana Santa - Páscoa

Período muito importante na vida da Igreja e portanto tambem da Diocese de Beja e seu Seminário.
Nesta altura conferia o bispo as ordens aos seminaristas em final de curso ou próximos disso, coincidindo com a vinda a Beja dos alunos de filosofia e teologia que se encontravam nos seminários maiores de Almada e Olivais ou Évora.
Para os novos era ocasião de grande curiosidade: o comportamento daquelas "estrelas" era observado ao pormenor pelos alunos mais novos, que se anteviam já trajando daquela maneira, (sotaina debroada e faixa vermelha), e interpretando a música sacra com a perfeição com que eles o faziam. Recordo, como primeira ordenação, a de um holandês que foi prior nas minas do Lousal ou coisa parecida. Mais tarde veio o Padre Zé Guerreiro e depois seria a grande e importante remessa de cinco num só ano: Virgílio, Lobato, Martins e Bernardo e ainda o Viegas que viria a desistir.
As cerimónias da semana santa eram muito pungentes e exaltantes no seu final e marcaram muito todos os que se sujeitaram a elas em anos consecutivos.
As férias só começavam depois do almoço de Domingo de Páscoa e aí, começava outra odisseia para chegar às terras de origem de cada um.
BOA PÁSCOA A TODOS!!!

3 comentários:

Anónimo disse...

Ainda te recordas daquele caso caricato passado na rua onde o médico do Seminário tinha o seu consultório?

Íamos todos "em formatura" a caminho da Sé e ao passarmos nessa rua os empregados
de uma oficina de serralharia mecânica resolveram pregar-nos uma partida.
Então soldaram um grande prego a uma moeda de 1 escudo e espetaram o prego no meio da calçada e ficaram a espreitar pela nossa passagem.
Os seminaristas mais novos acharam a moeda e tentavam apanhá-la sem sucesso alternando-se uns aos outros. A fila de seminaristas, com os mais pequenos á frente e os maiores atrás, parou e criou-se ali uma balbúrdia porque alguns não desistiam de apanhar a moeda. E só quando o padre Almeida começou aos berros é que avançámos,enquanto os vizinhos e os empregados da oficina se riam e gozavam de verem os "patinhos pretos" caírem na esparela.

Foi um episódio muito caricato,que ainda hoje recordo e que me faz rir da triste figura que fizémos
com a nossa "santa" ingenuidade!

Também me recordo ainda que nessas idas à Sé,quando os putos que brincavam no Jardim começavam e berrar "quá,quá,quá..!
Enfim quase todos temos recordações do Seminário,boas ou más,sérias ou cómicas,simples ou dramáticas que recordamos ainda hoje na nossa senior juventude e que fazem parte da nossa cultura
individual e que contribuíram para a formação da nossa personalidade.

Anónimo disse...

Sabes de quem é o "anónimo" do comentário anterior?

NOCA disse...

Isto dos anónimos tem destas coisas: não sabemos quem são.
Era muito melhor identificarem-se, não perdiam nada nem lhe caíam os parentes na lama.