quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Última Quarta feira de Janeiro de 2016 - Almoço de Amigos

Caríssimos estamos a ficar velhos e somos poucos: hoje só compareceram três (3). Mas eram bons! A saber: O Matita, o José Miguel e este vosso servo Noca (Nobre Campos).
Como éramos poucos o ambiente foi mais restrito e as conversas mais convencionais, isto é, de âmbito mais limitado, diria mesmo mais pessoal. Depois de sabermos das famílias de cada um, que estão bem de saúde etc, saltámos para a análise sociológica de alguns companheiros que se sentem pouco confortáveis com o facto de terem vivido os melhores anos das suas preciosas vidas enclausurados no seminário, sendo consensual a opinião de que esses preciosos anos foram os que nos deram as bases morais e científicas para podermos enfrentar com êxito as dificuldades da vida em sociedade, onde "um homem é o lobo do outro homem", como dizia o filósofo.
Recordámos Milfontes, terra das três mentiras, pois não é vila, não é nova e não tem mil fontes.
E ainda a terra dos três bês, porque, dada a simbiose que ali existia entre a terra e o mar, todas as famílias tinham um barco, um brejo e um burro, sendo este a ligação entre o brejo e o barco. Dalem transportava os produtos agrícolas e do barco recolhia o peixe trazido do mar.
Recordámos assim tempos felizes passados naquela pequena aldeia/vila dotada das melhores praias alentejanas. Até fizemos uma evocação da tentação de Eva ao Adão. Coisas...
Terminado o ágape frugal, mas bem regado com branco e tinto, o Matita que estava com pressa devido a ter deixado o carro num parque temporário, foi de abalada, deixando-me com o Zé Miguel a deambular sem destino pela baixa de Lisboa, descaraterizada que está pela abundância de turistas: parece uma gigantesca Babel, onde ninguém entende ninguém. Mas tudo funciona com naturalidade.
E mais cedo do que esperava encontrei-me de regresso, passando pela Praça Duque da Terceira, mais conhecida por Cais do Sodré, onde as obras de reordenamento urbanístico estão em franco estado de adiantamento e onde é difícil passar.
Depois foi a travessia do Tejo sempre belo e cheio de encantos mil, de cores e pontos de interesse, os mais variados e apelativos.
E pronto, por hoje é tudo. Até uma próxima ocasião para nos encontrarmos de novo, ali ou noutro lugar qualquer.

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