Como de costume, (costumes não os tires nem os ponhas, dizia o saudoso Mons Torrão), e satisfazendo compromisso tacitamente assumido, mas não vinculativo, reuniram-se hoje em almoço informal, na Cervejaria "O Baleal", nove indefetíveis ex-companheiros e amigos perenes, que dão pelos nomes de Zé Contreiras, Xico Acabado, Jacinto Xarrama, Silva Pinto, Xico Robalo, Jacinto Latas, (ou Pratas, segundo crónicas antigas), Lourenço, Noca e finalmente o novo elemento de sua graça, José Figueira Rolim, este natural de Almeida e primo do célebre Rolim dos Fados de Coimbra.
O Zé Contreiras chegou no fim porque esteve a fazer uma revisão à carótida, em prevenção de AVC, mas está tudo controlado.
A figura central foi hoje o Rolim, ilustre bancário do Nacional Ultramarino de Nampula, donde regressou em 1978, depois de aventurosas diligências entre as autoridades portuguesas e a Frelimo, para transferência do banco e defesa dos interesses em jogo, o que não terá sido nada fácil.
O José Rolim ocupou um posto importante na década de 70 do século XX, no BNU de Nampula, tendo-se-lhe proporcionado contactos com figuras importantes da cena política da época, desde o então jovem Kaulza de Arriaga ao não menos jovem Almeida Santos e sobretudo a elementos influentes da Frelimo, na parte final da sua permanência naquele país africano e ainda, como muito bem relacionado com o bispo local, serviu de anfitrião a personalidades da cultura e artes, recordando ele a receção que fez ao P Joaquim Fatela que ali se deslocou com a sua orquestra juvenil de acordeons.
O Noca penitenciou-se por ter faltado aos dois últimos encontros e apresentou antecipadamente tolerância para alguma falta de presença futura, porque as suas obrigações familiares não lhe permitem grandes devaneios uma vez que a Madalena, (sete mesinhos), lhe absorve todo o tempo e atenção: dantes tinha ordenança e impedido, agora é ordenança da esposa, impedido de sair por causa da sogra de 95 anos e ultimamente, encontra-se em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica, por determinação da Madalena. Está bonito, não está?
Enfim opções de vida e felicidade bastante. A felicidade é relativa e cada um tem de criar a sua. O Noca continua feliz!
O José Rolim quer responder a um apelo da Sobrinha do Aparício, (António Mendes Aparício), para uma homenagem ao mesmo, por motivo dos 50 anos da sua ordenação sacerdotal e pede colaboração. Vamos ver como os ventos sopram e o que poderemos fazer nesse sentido: levou o endereço electrónico do Noca para contatos posteriores.
Atendendo ao adiantado da hora e dada a urgência da nossa retirada, pelos motivos acima referidos, tocou a dispersar e foi, cada um, ao seu destino.
Até ao próximo encontro Companheiros!
1955 - Curso do 1º ano de Filosofia: António Bossa, José Fernandes Canilho, José Figueira Rolim, António Mendes Aparício e NOCA. Foto tirada nas escadas da portaria.
1955 - 1º e 2º anos de Filosofia. Da esquerda para a direita: em primeiro plano, António Bossa Andana, José Figueira Rolim, Joaquim Martins Isidoro, Noca; em segundo plano,José Pires Soares, Ribeiro, João dos Santos Diamantino, José Fernandes Canilho, Proença e António Mendes Aparício. Foto tirada junto ao cruzeiro então existente onde agora está a estátua de D José P. Dias.
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