segunda-feira, 7 de julho de 2008

Apêlo aos leitores

Isto será do calor ou é mesmo um "deserto"?
Refiro-me à ausência de comentários. Não acredito que ninguém visite este blog.
A verdade é que os nossos "ex", estão mesmo a ficar, não direi analfabetos, mas auto-excluídos, quero dizer incapazes de utilizar os novos instrumentos tecnológicos ao dispôr.
Até no grupo, não muito numeroso é certo, dos que se encontram mensalmente em Lisboa, não se encontra grande eco. Senão vejamos o que aconteceu em Maio, mês em que não pude comparecer e pedi que me enviassem uma cronicazinha do evento para colocar no blog. Pois não houve uma alma audaz que se propuzesse a enviar a almejada crónica.
De vez enquando visito o sitio da Lasb e tambem não vejo nada que mereça a minha admiração a não ser a ausência de intervenções: já desisti de intervir ali.
Apresenta agora umas fotos da apresentação do Frei Bernardo, mas não faz qualquer comentário ao livro ou ao seu autor.
Não seria oportuno fazer uma crítica à obra? Provavelmente o seu autor agradeceria, mesmo que o desancassem.
Dava-se-lhe oportunidade de se justificar!
A Vida (Deus), é Comunicação ! Pensem nisto!!!
Sem Comunicação, não há Vida!

5 comentários:

Anónimo disse...

Oportuno e importante o teu comentário. Tens toda a razão.
tens feito um excelente trabalho,aliás não poderíamos esperar outra coisa de ti.

Agora vamos ao meu ponto de vista.

A razão é que as pessoas envelhecem e não conseguem manter a Juventude que tu tens. Fecham-se no seu pequeno mundo e esquecem-se que TODOS os que quisermos viver a plenitude da vida temos que actualizarmo-nos TODOS OS DIAS e estar atentos e participar. É a isto que se chama VIVER.
Mas podes contar com este "velho jovem" companheiro que como tu tem a mesma postura perante a vida.
Tu estás no bom caminho. Deves continuar. Eles estão velhos e a caminhar cada vez mais para a velhice! É a vida. "Perdoai-lhes senhor" porque não sabem manter a Juventude!!!

Conta comigo que aprecio muito o teu trabalho e estou disponível a colaborar contigo e a convidar alguns "jovens" do noso tempo a colaborarem.
Força companheiro,só ou acompanhado
estás no BOM CAMINHO. Continua.
Um abraço amigo do
José Contreiras

Anónimo disse...

Creio que todos nós teremos muitas histórias passadas no interior daquela grande edifício que se chamava "o Seminário".
Era bom que alguns "meninos" desse tempo,nos contassem as suas pequenas mas importantes histórias vividas naquele grande e silencioso edifício.
É uma sugestão que deixo e prometo contar também algumas curiosas que marcaram a minha vida.

A minha que poderá encher algumas páginas irá começar assim:

"...A entrada no Seminário e o início da vida comunitária exclesiástica,disciplinada,
rigorosa,monótona e dura foi para mim um choque psicológico e emocional muito violento.
Habituado desde sempre à liberdade dos campos e à vida tranquila que se vivia no Monte,onde tudo me era familiar e onde me sentia tão àvontade,passei a estar todo o tempo encurralado entre paredes,preso a um rígido horário,vigiado constantemente por "Perfeitos" exigentes,sempre dispostos a aplicarem o mais severo castigo à mais pequena falta,sem o mínimo respeito pela individualidade de cada um e pelos mais elementares direitos da pessoa humana.
Para que hoje se possa avaliar da violenta utilização do tempo que nos era imposta,vejamos um exemplo de horário de um dia semanal:
"Às 06H30 - Levantar,tomar banho,lavar os dentes,vestir-se e ir para a formatura.
Tudo em pouco mais de 25 minutos!!!"
...Se gostarem eu poderei continuar!

Anónimo disse...

E vamos continuar com a história...
"...As deslocações da "Comunidade de Alunos" para quaisquer das obrigações contidas no "Horário",eram sempre realizadas em formatura impecável,com os mais "pequenos" à frente e os "maiores" atrás em silêncio,sob a orientação de um perfeito ou monitor.
Só era permitido falar nos recreios,depois de o perfeito de serviço nos dar a ordem "Deo gracias".
Existiam vários jogos a que todos éramos obrigados a participar,pois o recreio existia,não como um simples tempo de lazer,mas como uma oportunidade para nos recompormos fisicamente através da actividade lúdica. Daí que,quando algum aluno não brincasse,fosse repremido e até castigado em caso de reincidência.
O pringipal "perfeito"era um padre forte,com mais de 100kgs e 1,80ms de altura,gordo,anafado e rosado,verdadeiro carrasco que todos temiam,porque andava sempre munido de uma palmatória de azinho a que ele chamava "a santa luzia" e que tinha três buracos que ficavam bem marcados a sangue nas mãos dos infractores..".

MVHorta disse...

VALHOR meteu o pé!
E de Mértola não há ex-Seminaristas?
Não vem a propósiot, mas...
A Vila Museu, outrora capital de um reino Taifa foi encontro entre várias civilizações e não pode ficar esquecida. Que alguém se lembre que em Mértola viveu-se o esplendor do mundo Mediterrânico!
Parabéns NOCA
Estás em tudo quanto é sítio!

NOCA disse...

Caríssimo mvhorta,muito prazer em ver-te,(ler-te), por aqui.
O anónimo que te antecede é um grande amigo também.
Mértola é um manancial de história e cultura nomeadamente romana e árabe. A começar pelo nome, "MERTOLA", de Myrtilis, nome latino daquele pequeno fruto silvestre, o "myrtilo", resultado da infrutescência da myrta ou murta, que tão bem conhecemos.
Foi Mértola importante Porto Fluvial por onde se escoavam as riquezas das minas de prata, no tempo dos romanos e entravam as mercadorias trazidas do mundo inteiro e destinadas ao interland alentejano. Posteriormente foi entrada de cultura oriental trazida pelos árabes.
Nos tempos modernos continuou a ser porto de entrada de muitas influências sobretudo europeias, devido à proximidade das Minas de São Domingos, embora o minério saísse por Pomarão, Mértola era a sede de concelho e, como tal centralizava as actividades económicas e comerciais da sua zona de infuência.